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O capítulo 12 contém 24 versos divididos em 12 aulas, totalizando 8:10hs.
Iniciamos o Capítulo 12 e Krishna faz uma longa lista de princípios auxiliares para o avanço espiritual, mas deixa claro que tem um princípio acima de todos necessário para garantir o sucesso: sat-sanga, a associação com outros espiritualistas devotados ao Senhor. Versos 1 e 2.
Versos 1 e 2 em Sânscrito
śrī-bhagavān uvāca
na rodhayati māṁ yogo
na sāṅkhyaṁ dharma eva ca
na svādhyāyas tapas tyāgo
neṣṭā-pūrtaṁ na dakṣiṇā
vratāni yajñaś chandāṁsi
tīrthāni niyamā yamāḥ
yathāvarundhe sat-saṅgaḥ
sarva-saṅgāpaho hi mām
Falamos sobre a importância de seguir seu dharma como veículo para sua espiritualidade, a importância de Ekadasi e iniciamos um verso falando do poder de sat sanga em espiritualizar todo tipo de ser vivo, humano e não-humano, terráqueo e não terráqueo. Versos 1 ao 6.
Versos 3 ao 6 em Sânscrito
sat-saṅgena hi daiteyā
yātudhānā mṛgāḥ khagāḥ
gandharvāpsaraso nāgāḥ
siddhāś cāraṇa-guhyakāḥ
vidyādharā manuṣyeṣu
vaiśyāḥ śūdrāḥ striyo ’ntya-jāḥ
rajas-tamaḥ-prakṛtayas
tasmiṁs tasmin yuge yuge
bahavo mat-padaṁ prāptās
tvāṣṭra-kāyādhavādayaḥ
vṛṣaparvā balir bāṇo
mayaś cātha vibhīṣaṇaḥ
sugrīvo hanumān ṛkṣo
gajo gṛdhro vaṇikpathaḥ
vyādhaḥ kubjā vraje gopyo
yajña-patnyas tathāpare
Krishna menciona uma lista de raças alienígenas que já tiveram contato com a espiritualidade em yoga, além de animais falantes de eras longínquas e seres humanos normais. A aula foi dedicada a explicar e apresentar um pouco deste conhecimento místico, como também em narrar a história do Rei Citraketu e seu encontro com Shiva. Versos 3 ao 6.
Seguimos destacando alguns dos personagens famosos mencionados no verso, contando suas histórias e outros fatos curiosos dos puranas e épicos védicos, como forma de explicar o poder de sat-sanga e de como a vida espiritual está disponível a todos, todos mesmo, não importa sequer a espécie. Versos 3 ao 6.
Abordamos nesta aula o aspecto mais esotérico e místico da tradição de Krishna, falando de Vrindávana e a natureza especial de todas as criaturas e pessoas que aparecem juntas com Krishna em Sua vinda. Falamos do processo de transportar para este local em sua próxima vida, a morada de Deus e a natureza do amor puro e íntimo a Krishna em Vrindávana. No final, analisamos o desastre que é a vida moderna e o tanto que todos sofrem por viver de forma tão errada. Verso 8.
Verso 8 em Sânscrito
kevalena hi bhāvena
gopyo gāvo nagā mṛgāḥ
ye ’nye mūḍha-dhiyo nāgāḥ
siddhā mām īyur añjasā
Krishna continua explicando que não é nada fácil se encontrar com Ele e segue dando o exemplo do amor puro das gopis de Vrindávana, explicando a natureza inigualável do amor dos residentes de Vrindávana com Ele. Falamos então deste nível supremo de amor devocional, de samadhi perfeito. Versos 9 ao 11.
Versos 9 ao 11 em Sânscrito
yaṁ na yogena sāṅkhyena
dāna-vrata-tapo-’dhvaraiḥ
vyākhyā-svādhyāya-sannyāsaiḥ
prāpnuyād yatnavān api
rāmeṇa sārdhaṁ mathurāṁ praṇīte
śvāphalkinā mayy anurakta-cittāḥ
vigāḍha-bhāvena na me viyoga-
tīvrādhayo ’nyaṁ dadṛśuḥ sukhāya
tās tāḥ kṣapāḥ preṣṭhatamena nītā
mayaiva vṛndāvana-gocareṇa
kṣaṇārdha-vat tāḥ punar aṅga tāsāṁ
hīnā mayā kalpa-samā babhūvuḥ
Krishna fala mais da perfeição do amor das gopis de Vrindávana, explicando como suas mentes estavam absolutamente fixas nEle e que seu amor era tão intenso que elas nem mesmo sabiam de sua posição como Deus Supremo. Falamos então de yoga-maya e como o amor puro espiritual (prema) vai além do poder da meditação (dhyana) e conhecimento (jnana). Versos 12 e 13.
Versos 12 e 13 em Sânscrito
tā nāvidan mayy anuṣaṅga-baddha-
dhiyaḥ svam ātmānam adas tathedam
yathā samādhau munayo ’bdhi-toye
nadyaḥ praviṣṭā iva nāma-rūpe
mat-kāmā ramaṇaṁ jāram
asvarūpa-vido ’balāḥ
brahma māṁ paramaṁ prāpuḥ
saṅgāc chata-sahasraśaḥ
Krishna pede para Uddhava ignorar as regras e rituais da religião e apenas se abrigar nele com todo coração, exatamente como Ele fala para Arjuna na Bhagavad-gita. Explicamos a diferença da pura espiritualidade (yoga) e do processo religioso mundano. Versos 14 ao 16.
Versos 14 ao 16 em Sânscrito
tasmāt tvam uddhavotsṛjya
codanāṁ praticodanām
pravṛttiṁ ca nivṛttiṁ ca
śrotavyaṁ śrutam eva ca
mām ekam eva śaraṇam
ātmānaṁ sarva-dehinām
yāhi sarvātma-bhāvena
mayā syā hy akuto-bhayaḥ
śrī-uddhava uvāca
saṁśayaḥ śṛṇvato vācaṁ
tava yogeśvareśvara
na nivartata ātma-stho
yena bhrāmyati me manaḥ
Krishna começa a explicar para Uddhava que ele não deve se confundir com as muitas práticas e detalhes que Ele está apresentando, pois nem todas são para Uddhava praticar, e sim apenas explicações gerais. Diferentes práticas para diferentes pessoas. E o que é o essencial para se iluminar? Verso 17.
Verso 17 em Sânscrito
śrī-bhagavān uvāca
sa eṣa jīvo vivara-prasūtiḥ
prāṇena ghoṣeṇa guhāṁ praviṣṭaḥ
mano-mayaṁ sūkṣmam upetya rūpaṁ
mātrā svaro varṇa iti sthaviṣṭhaḥ
Krishna explica que se manifesta no som dos mantras védicos. Falamos dos quatro vedas e porque alguns acadêmicos acham que eles são mais antigos que o Srimad Bhagavatam. Depois falamos da presença de Deus em tudo, na matéria. Versos 18 e 19.
Versos 18 e 19 em Sânscrito
yathānalaḥ khe ’nila-bandhur uṣmā
balena dāruṇy adhimathyamānaḥ
aṇuḥ prajāto haviṣā samedhate
tathaiva me vyaktir iyaṁ hi vāṇī
evaṁ gadiḥ karma gatir visargo
ghrāṇo raso dṛk sparśaḥ śrutiś ca
saṅkalpa-vijñānam athābhimānaḥ
sūtraṁ rajaḥ-sattva-tamo-vikāraḥ
Como enxergar Deus em tudo? Como perceber sua presença na matéria. Existe reencarnação? Tudo isso foi apresentado nesta aula. Versos 20 e 21.
Versos 20 e 21 em Sânscrito
ayaṁ hi jīvas tri-vṛd abja-yonir
avyakta eko vayasā sa ādyaḥ
viśliṣṭa-śaktir bahudheva bhāti
bījāni yoniṁ pratipadya yadvat
yasminn idaṁ protam aśeṣam otaṁ
paṭo yathā tantu-vitāna-saṁsthaḥ
ya eṣa saṁsāra-taruḥ purāṇaḥ
karmātmakaḥ puṣpa-phale prasūte
Krishna descreve de forma muito poética e elucidativa a árvore da vida - a situação da alma no corpo material,- e como podemos nos libertar desta situação. Finalizamos o capítulo 12 com esta aula, novamente enfatizando a importância última de bhakti. Versos 22 ao 24.
Versos 22 ao 24 em Sânscrito
dve asya bīje śata-mūlas tri-nālaḥ
pañca-skandhaḥ pañca-rasa-prasūtiḥ
daśaika-śākho dvi-suparṇa-nīḍas
tri-valkalo dvi-phalo ’rkaṁ praviṣṭaḥ
adanti caikaṁ phalam asya gṛdhrā
grāme-carā ekam araṇya-vāsāḥ
haṁsā ya ekaṁ bahu-rūpam ijyair
māyā-mayaṁ veda sa veda vedam
evaṁ gurūpāsanayaika-bhaktyā
vidyā-kuṭhāreṇa śitena dhīraḥ
vivṛścya jīvāśayam apramattaḥ
sampadya cātmānam atha tyajāstram